Empatia, a capacidade de se projetar no outro, de sentir, de reagir, de estar próximo, de tentar entender. Talvez esse seja um dos grandes desafios do mundo literário, construir histórias que causem empatia no grande público. Livros baseados em fatos reais já trazem uma carga emocional desde sua origem, mas um gênero está ganhando cada vez mais espaço no mercado editorial e na estante dos leitores: histórias criminais reais.
Crimes de grande repercussão geram empatia instantânea com o público, além do reforço midiático, os casos trazem uma explosão de sentimentos comuns a todos, como a ira, a luxúria, a ganância, a inveja. Mas o que faz um crime ser mais interessante que o outro? A proximidade com o caso, a forma que o autor contou e participou das investigações, na riqueza de detalhes, na visão que vai além do que a mídia ofereceu.
O interesse parte principalmente da tentativa de entender até que ponto a crueldade pode chegar, de como a ira se apresenta de forma incontrolável, passando por cima até dos laços de amor e se materializando na pessoa mais improvável. Diferente da ficção, que os personagens são criados para causar empatia, os livros baseados em casos reais mostram apenas o que realmente aconteceu, fazendo com que o público escolha, se deve ou não ter empatia pela história.
No dia 7 de outubro de 1928, sob a garoa fina do porto de Santos, uma simples mala cai do guindaste de um navio que partiria para a Europa. Iniciava-se assim um dos mais macabros e misteriosos casos da crônica policial brasileira, que ficou conhecido como o "crime da mala". Essa é a primeira das sete histórias reais resgatadas no livro Crimes que Abalaram o Brasil, que a Editora Globo acaba de lançar. Alguns dos crimes que mobilizaram a sociedade brasileira ao longo de meio século são apresentados ao leitor em uma linguagem jornalística eletrizante, que contribui para a reconstituição do clima dos acontecimentos e de sua repercussão na época. Os autores narram o caso dos Irmãos Naves - que viria a se tornar conhecido como um dos maiores erros judiciais da história; o crime do Sacopã, um mistério policial na então tranqüila zona sul do Rio de Janeiro; descrevem a trajetória da Fera da Penha, um caso verídico com sabor rodriguiano.Em Dana de Teffé: o Crime sem Cadáver", a crônica revive um dos casos que mais sensibilizaram o País, envolvendo uma conhecida figura da alta sociedade cujo desaparecimento continua misterioso até os dias de hoje. O livro segue com o arrepiante caso de Chico Picadinho, que ainda cumpre pena por seus assassinatos bárbaros. Por fim, "O mistério do desaparecimento de Carlinhos", que se tornou um dos assuntos policiais mais célebres dos anos 70.A obra é uma coletânea organizada pelos jornalistas George Moura e Flavio Araújo, com reportagens de Marcelo Faria de Barros e Wilson Aquino. Eles se basearam em casos apresentados pelo programa Linha Direta - Justiça, exibido pela Rede Globo de Televisão.Os casos policiais mostrados nesse livro, que cobre boa parte do século XX, representam a imagem de uma época. Seu resgate possibilita a leitores de todas as idades reviverem os mistérios que chamaram a atenção do Brasil no passado: oportunidade para reflexão num momento em que a cobertura jornalística da violência urbana é mais do que nunca uma necessidade.
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Casos de Família
O assassinato do casal Richthofen e de Isabella Nardoni foram reunidos em um só livro e trazem novos detalhes observados por quem estava nos bastidores. A criminóloga Ilana Casoy, em CASOS DE FAMÍLIA: ARQUIVOS RICHTHOFEN E ARQUIVOS NARDONI, abre pela primeira vez seus cadernos de anotações utilizados durante a pesquisa na Polícia Civil, Científica e Ministério Público dos dois crimes, tudo isso com a qualidade quase psicopata de edição, uma marca registrada de todos os títulos da DarkSide® Books.
A pedido da editora, Ilana Casoy mergulhou em suas anotações particulares que está de volta com mais uma luxuosa reedição de suas obras, incluindo os inéditos fac-símiles de seus cadernos secretos. Primeira autora nacional da DarkSide®, Ilana traz para seus leitores o mistério desvendado de comentários originais dela mesma no desenrolar dos acontecimentos e descobertas. Além de acompanhar passo a passo o rumo das investigações e julgamento dos assassinos que romperam a linha da lei e do sagrado, os sentimentos e dúvidas da autora ficam agora expostos ao público.
Em “Arquivos Richthofen” o leitor vai acompanhar o comportamento dos três assassinos — as contradições e os erros decisivos; a distância de Suzane ao relatar os fatos, o descontrole de seu namorado Daniel na reprodução simulada do crime, os depoimentos e técnicas de investigação da polícia, dos médicos legistas, peritos e especialistas, que não deixaram outra alternativa aos culpados que confessar os assassinatos brutais. A grande novidade fica por conta da transcrição inédita do emblemático debate entre acusação e defesa, com o objetivo de oferecer os detalhes do julgamento nunca publicados.
Em “Arquivos Nardoni” o mergulho é em um dos casos criminais mais polêmicos já ocorridos no Brasil, que contou com um qualificado trabalho da polícia técnico-científica — única “testemunha” do crime. Ilana reconstrói os cinco dias do julgamento de Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella de Oliveira Nardoni, condenados pelo assassinato dela. A autora foi colaboradora do Ministério Público, que, com a ausência da confissão dos réus, trabalhou com provas periciais irrefutáveis para confrontar a versão do casal no tribunal do júri.
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A Sangue Frio
A publicação inaugurou o jornalismo literario. A história foi pubicada pela primeira vez no New York Times em 1965, o livro só foi publicado após a execução dos acusados, ficando no top 10 dos mais vendidos do jornal.
Um homem religioso, uma mãe depressiva, um adolescente, uma garota dona de casa, um cachorro amedrontado e dois ladrões frustrados. Esses e outros personagens são os ingredientes chave para o romance jornalístico A sangue frio, de Truman Capote.
O livro é uma reportagem investigativa sobre o assassinato de quatro membros da família Clutter, o casal e seus dois filhos caçulas, ocorrido em 1959 na cidade de Holcomb, no Kansas, Estados Unidos.
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