sábado, 29 de julho de 2017

[Filme] O Quarto dos Esquecidos

Uma casa antiga e uma família buscando um novo recomeço. O piso de madeira, as janelas que não abrem, as portas que se trancam sozinhas, as luzes que piscam, um matagal e a solidão. Podemos dizer que O Quarto dos Esquecidos é mais um clichê do suspense, um crime mal desvendado se repetindo incansavelmente até que alguém pare o processo.

Dana e David buscam um novo recomeço após enfrentar a morte da filha mais nova. O casarão no meio do nada é uma ótima opção para quem busca paz e um lar estável para o criar o filho. Aos poucos a família vai se acomodando, reformando os espaço, organizando os objetos, tirando as infiltrações, se restabelecendo.

Durante uma caminhada na madrugada, uma luz no último andar chama a atenção de Dana, de acordo com a planta-baixa do imóvel aquele espaço não existe, mas após uma busca rápida e um móvel deslocado, uma porta fortemente trancada se fez presente. Cismada com aquele quarto, no dia seguinte Dana aproveita que o marido está brincando com o filho para tentar entrar naquele quarto.

Um homem sério, uma mulher triste, uma menina amedrontada e um cachorro enfurecido discutem ali dentro, Dana é atraída e trancafiada com eles, apavorada ela tenta fugir, mas percebe que as janelas não abrem e a porta só pode ser aberta pelo lado de fora, ninguém escuta seus pedidos de ajuda, ou percebe que ela desapareceu, o que resta é tentar se proteger e entender quem são essas pessoas e o que está acontecendo ali.

Apesar de todos os clichês o enredo consegue te prendar, talvez em uma expectativa sobre como os personagens vão crescer (o que não acontece), ou se outras pessoas vão ter uma participação mais ativa na trama central (o que também não acontece), porém, assim como qualquer suspense, fica aquela expectativa no ar de que o confronto vai acontecer.

Uma das primeiras cenas se torna bem emblemática quando no mercado Dana se apresenta como arquiteta e David como "do lar", causando um pouco de desconforto aos ouvintes. Também em conversas com a historiadora da cidade, Dana escuta histórias sobre quando era costume abandonar crianças que tinham nascida com algum tipo de deficiência. 

Em uma pesquisa rápida no Google é possível encontrar diversas histórias sobre as tradições referentes aos bebês, uma delas era a obrigação que as mães tinham de matar quando as crianças nasciam com algum tipo de deficiência. Ou no Egito que era costume matar as filhas por terem nascido mulher, seja rica ou pobre.

O filme prometia pelo elenco, mas deixou de aproveitar seu enredo, esqueceu de trabalhar as entrelinhas e colocar mais elementos em cena. Fica a promessa de um drama envolvente e um quarto assustador. Quem curte suspense fraquinho, ele tá de bom grado! 


Um comentário:

  1. Oi!!
    Eu adoro filmes de suspense/terror e pelo visto esse vale a pena ser visto, vou procurar para assistir.
    Beijão!

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