Mais um livro infantil para a coleção, dessa vez uma aventura de respeito e coragem. Nardoc e Sirian estavam brincando na floresta quando encontraram um livro antigo perdido em uma caverna, curiosos usaram toda a força que tinham para abri-lo e folheá-lo, mas foi em vão. Cismados com o poder do objeto foram até a casa de Merien, a menina mais esperta da escola, para descobrir se ela sabia algo sobre aquele livro misterioso.
Merien tentou, tentou, mas também não conseguiu. Depois de analisar o nome do livro chegou a conclusão que apenas uma pessoa sabia o que era Flammifer, o mestre dos duendes, o único que poderia traduzir uma palavra do Dragones Antigo, língua que já estava extinta há anos. Uma coisa era certa, eles tinham que descobrir o que aquele livro escondia.
Os amigos correram para casa e pediram permissão aos pais para viverem aquela aventura, cada um ganhou um objeto que ia ser útil na jornada, um cajado que tinha o poder de abrir as águas do rio, pedacinhos de pão para os pássaros e um pingente de coração. Logo no início os objetos se fizeram úteis e os amigos entenderam que o perigo as vezes poderia estar escondido.
Algo estranho aconteceu durante essa jornada, os amigos estavam tendo o mesmo sonho, um dragão preso estava tentando escapar e a muralha que prendia ele começava a rachar, mas qual era o significado daquilo, qual era a missão deles? Conseguiram finalmente falar com o duende mestre e descobriram a grande tarefa que eles tinham nas mãos, mas nada seria possível sem a ajuda da população.
Flammifer é um enredo cheio de lições, sobre respeito, natureza e união. A autora foi bem feliz na escolha dos diálogos, as vezes pequenos parágrafos traziam ensinamentos para as crianças, como a necessidade da permissão dos pais antes de sair de casa. A escrita é bem envolvente e ágil, o enredo em si é bem interessante, viraria um livro para adultos facilmente diante de todas as ações e aventuras apresentadas, aliás é uma bela aventura de união.
Terminaria a minha resenha por aqui, mas senti necessidade de criticar algo que me incomodou bastante quando fazia a leitura. Ao explicar como os duendes se organizavam politicamente a autora fez alusão ao cenário político atual do Brasil, mas a explanação defendia um ponto de vista e condenava outro. Confesso que me senti ofendida com o trecho em questão, acredito SIM que livros infantis devem trazer questões sérias de forma lúdica para as crianças, eles precisam entender o mundo e ver que ele não se resume apenas ao caminho de casa para o colégio e vice-versa.
Porém, NÃO, livros infantis não devem ser tendenciosos contando a sua versão dos fatos e usando heróis e dragões para isso. Escrever para crianças é algo tão delicado, pois elas estão em fase de formação, ainda estão aprendendo, ainda estão descobrindo o mundo e os escritores devem ter um cuidado redobrado para que algo não seja entendido de forma equivocada. O livro é ÓTIMO, mas reescreveria esses parágrafos tendenciosos.
Olá, Neyra.
ResponderExcluirEu estava encantada com o livro e já pensando em ler para o meu priminho mais para frente, mas aí chegou no final da resenha e fiquei um pouco decepcionada com essa questão da autora tender mais para um lado e não apresentar as duas versões. Eu concordo com você, é preciso tomar cuidado quando se escreve, principalmente para crianças, que ainda estão em formação.
Abraços.
Papel, palavra, coração
Eu adoro leituras de livros mais infantis, são sempre histórias cheias de aventuras mesmo. Gostei da premissa desse, e entendo sua crítica sobre ser tendencioso, não li a obra, mas concordo que isso não pode ter em um livro que crianças irão ler. :(
ResponderExcluirbeijos
www.apenasumvicio.com
Oiee ^^
ResponderExcluirQue pena que a autora enfiou política no meio da história, pendendo mais para um lado e criticando o outro. Mas, tirando isso, parece ser uma leitura muito agradável, principalmente para as crianças.
MilkMilks ♥