O primeiro pensamento que eu tive quando me deparei com As Faces da Luz é: Quero esse vestido AGORA! Creio que o desejo de vestir algo parecido e girar enlouquecidamente até sair pontos de luz não foi um desejo solitário, aliás a capa é tão linda que se você fechar os olhos com atenção, os vaga-lumes são mais do que perceptíveis. Mas confesso que ao ler a sinopse tive medo de ser mais um livro sobre alguém que descobre que é mágico e salva o mundo, mas... é bem mais do que isso, o enredo é apaixonante e te prende do começo ao fim.
Tayara mora sozinha com a mãe,
Sônia, em uma casa rodeada por uma reserva ambiental, ela fica um pouco distante da cidade fazendo com que qualquer movimentação anormal seja logo questionada. Olhos no meio da mata logo assustam a menina, um lobo imenso surge levando elas para
Arcantatys, um mundo habitado por elfos, bruxas, lobos, fadas, vampiros e todos os seres imaginários que achávamos que existia apenas em livros.
Assustadas, o
Rei Cedric tenta explicar o motivo delas terem sido trazidas para a aldeia, o mal ameaçava o local novamente e para impedir que o pior acontecesse, era necessário que as forças fossem unidas.
Sônia é descendente de elfo, seu pai era o príncipe de um reino que se dispersou, fazendo com que ela fosse a Rainha por direito,
Cedric é o rei de outro reino, o casamento de ambos deixaria os elfos mais fortes e preparados para a batalha.
Algo que eles não esperavam é que
Tayara fosse a reencarnação de
Agatha, uma das bruxas mais poderosas de
Arcantatys e responsável por um rastro de destruição deixado no local. Esse passado tenebroso da garota fez com que todos tivessem medo do que poderia acontecer, pois não era só um detalhe, ela tinha magia negra em seu sangue e não tinha o menor controle disso. Buscando aprovação de todos e tentando provar que ela só queria o bom deles, ela se aventurou em todas as batalhas para provar que poderia ser alguém confiável e que a magia poderia ser usada a favor de todos.
Aodh é o elfo que arrancou suspiros da garota e protagonizou cenas quentes no enredo, mas o que ela não sabia é que ele lutava contra uma maldição, o que colocava em cheque o romance deles. Depois surge
Edwin,
Ariosto,
Kabza,
Nasser, entre tantos outros personagens que vão movimentando a história e arrancando diversos suspiros dos leitores.
Confesso que o casal principal (
Tayara e
Aodh) não me comprou, tive raiva dele e dela diversas vezes, ela sempre teimosa achando que é a toda poderosa e ele arrogante, mas lá na frente aparece um tal lobo e um elfo que arranca suspiros de qualquer leitor. PELO AMOR! Outro ponto que fiquei me questionando é o fato de
Sônia e
Tayara não terem se preocupado muito com suas vidas de humanas, elas simplesmente foram e joinha.
Nessa batalha do bem contra o mal foi bem interessante ver o preconceito que as espécies sofriam umas com as outras, mesmo todas querendo o mesmo objetivo, elas desconfiavam uma das outras, brigavam, mediam forças, invés de simplesmente se juntarem e lutarem pelo objetivo em comum, essa incoerência lembra uma tal espécie chamada humano.
Amei a descrição das transformações da
Agatha, GENTE QUE VESTIDO É AQUELE?! parecia que ela estava se transformando na nossa frente, que o ar ficava mais denso, que o mundo parava por um segundo para ver ela surgindo. As descrições dos cenários e das roupas são fantásticas, sua imaginação voa com tantos detalhes, expressões e sons.
E naquele momento que você pensa que a batalha foi vencida, acontece tantas reviravoltas para lembrar que a guerra ainda está longe de acabar. O leitor acaba ficando sem folego, pois a escrita da
Tatiane Durães é tão fluida que perdemos a noção do tempo e quando percebemos já estamos quase lutando junto com os lobos, vampiros, elfos, bruxos de tão envolvente que a história é. AMEI conhecer o mundo de
Arcantatys, só limparia mais o texto, creio que algumas falas explicativas são dispensáveis. E o vestido gente? O VESTIDO GENTE!