quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

[Série] Bates Motel

 
Confesso que só comecei assistir Bates Motel, por causa do bombardeio de chamadas exibidas pela Universal, de cara ela não me chamou atenção, afinal parecia uma história passada em um hotel mal-assombrado com atores sem sal, mas depois que descobri que era a vida do assassino antes do filme Psicose, dei uma chance e fui ver o que de tão bom a série poderia ter, afinal a Universal apostava alto nela.

A história começa com a morte misteriosa do pai de Norman, o que tudo indica é que um armário grande e pesado tenha caído sobre ele, a morte foi instantânea devido o impacto, mas a verdade não é bem essa. Norma Bates (mãe de Norman, "se o filho pode ter o mesmo nome do pai, porque não da mãe?") resolve sair daquele lugar cheio de péssimas recordações e começar uma vida nova ao lado do filho em Oregon, lá eles compram um hotel falido e aos poucos tentam reerguer as finanças, porém existem mais pedras nesse caminho do que eles podem imaginar.


O hotel foi comprado através de um leilão do banco, porém os antigos donos não estão satisfeitos com a falência, vão fazer de tudo para afasta-los dali, nem que seja necessário providencias drásticas. Depois de uma série de assassinatos o Xerife Alex Romero começa a rondar Norma Bates, ele não sabe até onde ela é inocente nesses casos, mas une o útil ao agradável dando em cima da nova moradora.

Norman começa no novo colégio sendo obrigado a participar de práticas esportivas, é necessário que ele se relacione com o resto dos alunos. Bradley Martin é uma garota popular que chama a atenção do garoto, depois da trágica morte do pai dela eles começam um relacionamento estranho e de mão única. Emma Decody é esperta, tem fibrose cística e é apaixonada por Norman, é ela que vai ajuda-lo a desvendar o caso do tráfico sexual de garotas que acontecia na cidade, esse detalhe fará com que o Hotel Bates receba alguns hospedes inconvenientes.

Amor incondicional por esse fusca da Emma *.*
 
A série é bem pacata, a impressão que temos é que nada vai acontecer, apenas mais uma crise da mãe temperamental que protege o filho como uma leoa, tanto ele da sociedade, como a sociedade dele. Ou mais um esquecimento do garoto de 17 anos, que é tímido e tem o complexo de Édipo mal curado. Mas não é bem assim, temos que enxergar mais adiante para perceber que o drama de verdade acontece no psicológico.

A Norma Bates de louca não tem nada, ela só quer proteger seu filho que está dando os primeiros sinais de psicose, seus esquecimentos são constantes e em cada um uma vítima aparece, ou só uma perseguição acontece. Já na cabeça de Norman ele é guiado por sua mãe, é ela que orquestra tudo e até mesmo faz as coisas, mas é o que a mente dele diz. A relação de proteção de Norma Bates com Norman é tão louca, que muitas vezes parece que estamos na cabeça dele, e ela que é louca.
 
 
O ritmo da narrativa é bem devagar, porém o enredo é bastante denso, os personagens são lentos e inofensivos, e é assustador o olhar de Norman quando ele entra em crise. A série não causa "dependência", mas devido a lentidão dos fatos, acabamos assistindo um episódio atrás do outro para ver o que enfim acontece. No primeiro episódio Norman é obrigado a participar de corridas por sua professora, mas não existe uma única cena dele correndo, e as vezes que ele vai ao colégio são raras. Concluindo, a trama é boa porém podia ter um ritmo mais acelerado. 

bon après-midi , bonne chance

domingo, 22 de fevereiro de 2015

[Música] Minha Vida de Acordo com Violins

banda violins

Passeando pelo mundo dos blogs encontrei uma tag/meme bem divertido sobre música, o blogueiro tinha que escolher uma banda/cantor e responder as perguntas usando o título de suas músicas. Aproveitando que o blog tem um colaborador para assuntos musicais, pedi para ele entrar na brincadeira e me enviar as respostas, o @flaviofilhoo escolheu a banda Violins e olha no que deu:

1. Você é um homem ou mulher:
O Gênio Incompreendido
Eu quero ser o homem que você deseja / quando toma banho ou quando se masturba / eu quero ser o corpo que você almeja / quando está com fome ou quando está insone.


2. Descreva-se:
O Grande Esforço
Eu hoje só ostento paz / me encantam cada dia mais / as coisas muito simples.

3. Como você se sente:
A Festa
Eu me sinto um velho virgem / Conhecendo o sexo / É uma sensação de estar na chuva com braços abertos / Em que tudo é muito tempo / tudo é muito tempo...

4. Descreva o local onde você vive atualmente:
Matusalém
Esse é o lugar / Onde não importa o que você faça que todo pecado aqui te condena a ser feliz.

5. Se você pudesse ir a qualquer lugar, onde você iria?
Nenhum Caminho

E isso é tudo / temos o momento e nenhum caminho pra seguir / e isso é tudo / sem nenhum tormento e nenhum martírio pra sentir / de nenhum caminho pra seguir.

6. Sua forma de transporte preferido:
Mulher Bomba
Pegue seu carro e vá pra algum lugar bem longe.

7. Seu melhor amigo:
Convênio
Bem, no mais eles são iguais a mim / Tão vis, tão bem / articulados pra fazer você rir / então ria / então vem / mas venha em paz que eu não quero mais pedir.

8. Você e seu melhor amigo são:
Delinquentes Belos
Nós somos delinquentes belos / em mundos possíveis

9. Se sua vida fosse um programa de TV, do que seria chamado:
Nada Sério
Se eu descrever que tudo veio a ser / exatamente o que eu posso amar / não há de ser nada sério.

10. O que é vida para você:
Modus Operandi
A vida não passa de um hábito de acordar.


11. Seu relacionamento:
Nani
Daqui para o fim seja incerto caminhar / pra forçar em mim o desafio perpétuo de te amar.

12. Seu medo:
Na torcida pra morrer de infarto
E eu rogo aos céus pra me permitir / morrer sem ter que sofrer / um infarto me cai bem.

13. Qual o melhor conselho que você tem a dar:
Missão de Paz na África
Seja bom se esse é seu dom.

14. Pensamento do Dia:
O Pregador
Que o sopro te sobrecarregue.

15. Meu lema:
O Grande Esforço
Vou participar sempre da melhor parte de ser eu.

bonne nuit, bonne chance

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

[Livro] Cinquenta Tons de Cinza - E.L. James

50tons

Não vamos falar de amor, de romances baratos, e nem de sexo casual, vamos falar de Mr. Grey, o cara que "fode... com força". Diante de tanto alvoroço com a aproximação da estreia do filme, me permiti ler o livro que tanto arrancava suspiros entre as mulheres. Devo concluir que o Mr. Grey com certeza é um pedaço de mal caminho, e diversas cenas são de tirar o folego de qualquer um, mas outras... queridas vocês precisam trabalhar a auto-estima de vocês, pelo amor!


O grande trufo do livro é a tal relação de dominador e submissa, ou seja, um manda e o outro obedece, um bate e o outro apanha, mas os dois sabem exatamente quais as regras e limites para que a relação seja proveitosa. Já no livro, nos deparamos com um homem experiente, que gosta de relações dom/sub e uma garota sem nenhuma experiência aceitando apanhar para não perder o homem da vida dela... querida, melhore!

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A submissa: Anastásia nunca teve um relacionamento sério, cresceu vendo a rotatividade de maridos que a mãe arranjava, a figura de pai sempre foi um pouco distorcida e distante. Acreditava que nenhum homem podia se interessar por ela, sua auto-estima era baixíssima, apesar de no enredo terem três personagens apaixonados por ela. Virgem, ingênua e facilmente bêbada.

O dominador: Cristian Grey teve 15 submissas e uma dominadora, homem experiente e de posses, acha que pode comprar tudo com dinheiro, inclusive o prazer. Gosta de ter total controle de sua vida, em todos os aspectos, inclusive de quem participa dela. Nunca soube o que é o amor, foi abandonado pela mãe, foi abusado, queimado e traumatizado. Cicatrizes ele tem várias, principalmente na alma.

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A proposta: Querida Anastásia eu te dou um carro, roupas, mac, passeios de helicóptero e planadores, orgasmos (quando eu quero, e não quando você quer), sensação que a maioria das mulheres nunca teve e por isso que elas me amam. Em troca eu vou te perseguir, te vigiar, te oprimir, quero que você me obedeça sem questionar e aceite algumas surras para satisfazer meus traumas. - Mr. Grey.

A resposta: Não gosto de ter que apanhar, não gosto de dor, sempre que você olhar para mim com raiva vou me tremer de medo, vou querer fugir, vou querer gritar, mas vou aceitar pois você diz que eu vou gostar, que é para o meu bem, que eu mereço apanhar. Depois vou chorar compulsivamente, vou me sentir abusada e agredida, não vou contar para ninguém, pois foi isso que você me pediu, mas vou me conscientizar que a culpa é minha e que se eu colocar um basta nisso, você vai embora, eu vou te perder, e eu não quero te perder, então eu vou aceitar calada. - Anastásia.

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Antes de iniciar a leitura achava que se tratava de uma narrativa sobre sadomasoquismo saudável, onde ambas as partes sabem exatamente o que estão fazendo, mas não é bem assim, senti muito mais uma relação de abuso em que a Anastásia passa a maior parte do tempo com medo da reação dele, medindo palavras para não levar uma surra, por enquanto ele usa a inexperiência dela para controla-la e afirmar que o que ele faz é pro seu bem e que ela merece apanhar. Senti nojo dele em diversos momentos.

De resto a história é interessante, uma estudante de letras que vai fazer uma entrevista com um jovem empresário e os dois acabam se atraindo, eles se encontram algumas vezes, se apaixonam, começam um relacionamento. Os dois vivem em mundos opostos, ele tenta ajuda-la em seus problemas de auto-estima, e ela tenta cura-lo de seus traumas de infância, e entre os dramas e choros, rola muito sexo e cenas picantes.

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O livro foi inspirado em Crepúsculo, logo, a mocinha é sem sal como a Bella, e o mocinho é misterioso como Edward, e para completar tem o amigo boboquinha apaixonado pela mocinha, mas que não tem nenhuma chance como o Jacob. A narrativa as vezes se torna cansativa e melosinha como a da Stephenie Meyer. Apesar dos pesares, gostei da narrativa, a diagramação e a divisão de capítulos faz com que a leitura seja rápida, a história é envolvente e foi agradável.

Resumindo: O livro tão aclamado passa conceitos distorcidos sobre os praticantes de BDSM, defende o lema "me bate que a culpa é minha, mas não me larga", e realça como as mulheres tem questões sexuais mal resolvidas (pesquisas apontam que cerca de 70% das mulheres nunca tiveram um orgasmo na vida). Essa coca-cola tá mais para pepsi, mas da pro gasto. Vamos assistir o filme, que eu to curiosa com o bafafá.

Bon après-midi, bonne chance

[Cola&Bora] Clube da Caixa Preta | Sociedade das Relíquias Literárias

Tá sentindo? Brisa de bons ventos, gostinho doce de retorno, cheirinho suave de quem está se reconectando ao que nunca deveria ter sido esqu...