A última vez que vi Paris
Procurando um livro para escrever um artigo, acabei encontrando uma grata surpresa perdida na biblioteca da faculdade, o livro "A última vez que vi Paris" de Elizabeth Adler, autora desconhecida, pelo menos pra mim. Ela escreve romances que acontecem em cidades cenário de muitos sonhos. O título do livro me remeteu a algo triste, morte ou algo do tipo, pensei que ia ler um drama, dos mais pesados, com direito a lágrimas e soluços, mas nada disso aconteceu. É nessas horas que existem as santas sinopses [algo que eu não leio quando escolho um livro, sempre pego pela capa ou pelo título], que me deixou animada e com vontade de devorar o livro inteiro de uma vez.
Lara, casada e com dois filhos, agora com seus 40 e poucos anos planeja repetir os mesmos passos que fez em sua lua-de-mel, se hospedar nos mesmos hotéis, comer nos mesmos restaurantes, visitar as mesmas cidadezinhas encantadoras da França. Semanas antes da viagem, seu marido, um médico bem sucedido, precisa viajar a trabalho levando consigo uma colega de trabalho, a tal mulher de pernas longas da qual ele anda tendo um caso. De aniversário Lara ganha um colar de diamantes do marido, será uma forma de reconciliação? Confusa, ela prefere se afastar de todos e pensar sobre sua vida, resolvendo ir pra Paris com o carpinteiro gatão que ajeitou seu deck.
Além do fascinante passeio pelos campos, lagos e casas francesas, o livro propõe uma redescoberta de nossos sentimentos. Lembranças que acreditamos e idealizamos tanto, mas que não passa de fantasias. Condições e posições que defendemos e que nada adianta. Certas culpas e lembranças tolas que só nos fazem mal. Total identificação com aquela vozinha [voizinha? o0] da consciência de Lara, aquela que fica ali só esperando os momentos felizes pra te da uma rasteira, fazendo com que suas feridas sejam abertas e que a sua única vontade é de desistir de tudo. Quem nunca sofreu com isso?! E o colar, quem nunca guardou certas coisas com a esperança que tal coisa realiza-se algo de bom em nossa vida? Repensar na vida, foi isso que o livro me ensinou. Recomendo!
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