terça-feira, 17 de maio de 2011

[CINEMA] Deus é Brasileiro

Deus é brasileiro - Filme
O cansado Deus resolve tirar férias, mas para isso, ele precisa primeiro achar um santo substituto que possa ficar em seu lugar. O que ele não imaginava é que seria tão difícil achar alguém a altura, ou até mesmo, que tivesse fé o suficiente para isso. Guiado pelo personagem de Wagner Moura, um jovem pescador biscateiro endividado, e acompanhado por Paloma Duarte, a garota do velório que queria ir pra São Paulo, Antônio Fagundes viaja por todo o Brasil tentando achar o tal felizardo.
Baseado no conto de José Ubaldo Ribeiro, a paródia faz uma tentativa para repensarmos a imagem de Deus, deixando de lado aquele ser cheio de luz e bondade, para dar lugar a um personagem irônico e charmoso. Individualista e egocêntrico, ele vê o mundo com uma visão subjetiva, no fundo só quer achar o seu substituto sem se importar com o resto, mostrando uma perspectiva única das coisas.
O criador do universo passeia pelas estradas do Brasil, mostrando o feio e o belo, a grotesca imagem da pobreza e o sublime das paisagens. Valorização do povo, da língua falada em cada região, do índio, a busca da nossa origem. Mas porque logo o Brasil para achar o santo perdido? Talvez a mistura de culturas, faria com que Deus encontrasse todo o mundo em um único lugar.
Uma boa história para um filme razoável. Tenta ser engraçado, mas fica preso em piadas repetitivas e previsíveis. Além da atuação de destaque de Wagner Moura o filme também consegue se destacar pela fotografia impecável, enquadramento e composição das cores, figurinos que falam por si em algumas cenas. Não podemos deixar de esquecer os efeitos de quando as emoções de Deus interagem com a natureza e a pergunta final: O que a pitangueira tem haver com o Deus onipresente, que não consegue se locomover sem a ajuda de um guia?
*Trabalho de arte e cultura brasileira, traços do romantismo e modernismo.

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