Sempre que eu pego um livro da Marian Keyes pra ler, eu nunca, eu disse NUNCA, consigo ler ele de uma vez, sempre tenho que ficar parando e lendo outras coisas no meio, ou livros para trabalhos da faculdade, ou aqueles livros que alguém resolve me emprestar e blá blá. O problema não é com a autora, nem com a trama, pois AMO os livros dela e um dia vou ter a coleção completa, mas eu não sei qual o problema, de verdade, acabo cansando de tanto ter que voltar e reler o último capítulo que eu tinha lido antes de ter parado para ler outro livro, enfim... Depois de 5 meses, consegui terminar de ler SUSHI, apesar de um outro livro ter me pertubado pra parar pela milésima vez, não cedi e finalmente terminei. VIVA EU!!!
Sushi - Marian Keyes
O livro é bem divertido, como a maioria dos livros da autora, as protagonistas perdem a dignidade, mas não perdem a piada. O drama vai se desenrolando nos bastidores do lançamento da Revista Garota, a nova publicação mensal da Irlanda. Lisa Edwards a diretora da revista, veio de Londres com a missão de fazer daquela revista um sucesso, um prêmio nada animador pelos seus anos de dedicação as publicações londrinas. Largou sua vida na cidade agitada para comandar uma equipe meia-boca em uma cidade pacata. Vive fazendo dietas em ordem alfabética, e usando as roupas das grifes que aparecem na revista. Sempre durona e tirana, tinha que levar aquilo até o sucesso, pois fracasso não fazia parte da sua vida.
Ashiling Kennedy é a editora assistente da Revista Garota, finalmente tinha conseguido trabalhar em uma publicação decente, que não fizesse só copiar algumas matérias prontas, e reportagens impensáveis. No primeiro dia de trabalho já tinha ganhado o apelido de quebra-galho pelo seu novo e bonitão chefe Jack Devine, aquele que sempre lhe tratava mal e vivia brigando com a namorada May. Por outro lado, ela tinha grandes amigos como Joy, aquela que namorava o metade-homem-metade-texugo, e o Ted, o humorista que adorava contar piadas sobre corujas, tinha ganhado um novo vizinho, Boo, o carinha sujo que gostava de um bom papo, passava o dia sentado em baixo de um cobertor laranja na porta de seu prédio. Ashiling era complexada por não ter cintura, mas era cheia de superstições que poderiam melhorar o mundo, se alguma desse certo, claro.
Clodagh, a melhor amiga de Ashiling, era uma mulher de sorte, tinha um marido maravilhoso, filhos fofos e espertos, uma casa enorme em um bairro chique da cidade, mas o papel de parede da sala continuava incomodando. Apesar de ter tudo, vivia insatisfeita com a vida, sua casa tava sempre em reforma, vivia estressada e gritando como era infeliz. Dylan, seu marido, estava se sentindo perdido, sem saber qual era o problema dela, mal sabia que o único problema era carência.
A história em si, não tem nada de extraordinário, é só a vidinha de três mulheres com personalidades bem diferentes, tentando botar a vida em ordem. O bom da Marian Keyes é que ela sabe trabalhar o emocional, sem parecer ficção, as personagens sofrem, se vingam, são vacas, e são umas verdadeiras filhas-da-mãe, mas não passam do ponto. É real, é tão real que você consegue rir e chorar com elas, sentir pena e querer matar algumas personagens. Adoro ler coisas que me deixam com saudade, que me deixam com gostinho de "porra, eu faço essa merda". BRAVO, pra minha escritora favorita! MIL ESTRELINHAS!!!
Bonne nuit, bonne chance
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