Brasiliana Itaú – Um olhar sobre o Brasil
Passear pela história do Brasil através de documentos e registros artísticos é fascinante tanto pelo lado técnico como emocional. Um país que não tem a cultura de guardar objetos importantes, muito menos preservá-los, tem o privilégio de ter uma exposição contando cada passo da nossa história. A forma que algumas das peças foi adquirida, muitas delas estavam espalhadas pelo mundo sendo vendidas sem a devida importância, ilustra muito bem essa falta de zelo do povo.
Admito que a maioria das pessoas não saiba o que é considerado importante, que valha a pena ser guardado, para futuramente ilustrar uma galeria como peça histórica. Um mapa, um boletim escolar, um livro autografado, que hoje pode ser algo do cotidiano, daqui a 500 anos pode ser uma peça de museu. E sem a falta de conhecimento nossa história vai perdendo seus registros.
História essa bem entrelaçada com a cultura de outros países, desde os primeiros colonizadores sentimos a grande influencia que os mesmos trouxeram para os nativos. Seus modos, suas crenças, seus poderes, às vezes até fazendo com que os brasileiros esquecessem suas próprias raízes, nação está que estava esquecida pelo mundo.
Olhar pro hoje e não notar os traços dessa colonização é quase impossível, ainda nos humilhamos diante daqueles que tanto nos exploraram em nome da colonização, que destruiu grande parte da cultura dos nativos. Cultuamos aquelas culturas que não tem nada a ver com nossa terra e nosso povo e o pior, esquecemos de dar valor as manifestações da terra.
Entrar em contato com um pedaço de grandes brasileiros que fizeram história, que mesmo sendo através de um boletim escolar com notas medianas, ou um saco de enjôo com a letra da canção “paratodos”, é um privilégio sem tamanho, é notar o quanto podemos ser bons, o quanto podemos ser grandes, o quanto não dependemos de uma cultura tecnologicamente mais evoluída, ou o quanto podemos ser bem mais do que simples quadros expostos na parede do lado de espécies de animais e plantas.
Informações: A exposição vai ficar em Fortaleza até o dia 1 de maio, depois vai continuar rodando o Brasil. Seu ponto final é a cidade de São Paulo, onde vai ganhar um espaço todo especial pra ficar permanente por lá. Quem for pra exposição em Fortaleza, ta acontecendo uma mostra em parelelo das fotos de Brassaï, fotografo húngaro que registrou as noites de Paris. Os cabelos e as roupas, uma coisa mais fofa de linda que a outra. *.*
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